Você é competente no que faz?

Você é uma pessoa competente? Até que ponto? Em que aspectos ou assuntos? Você sabe quando não tem competência para fazer algo?

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Em artigo anterior, tratei, aqui no Blog, do fato de todos nós sermos, em algum momento, incompetente para fazer algo. Isto não é nenhum demérito ou motivo de alguém se sente desqualificado.

Na verdade, nós passamos por quatro estágios de competência, de acordo com Burch (Gordon Training International) 1970.

Os estágios são:

  • Incompetência inconsciente
  • Incompetência consciente
  • Competência consciente
  • Competência inconsciente (ou automática)

Alguém está no estágio de incompetência inconsciente quando é incapaz de fazer algo, mas não tem consciência disto. Em outras palavras, não sabe que não sabe.

Alguém está no estágio de incompetência consciente quando é incapaz de fazer algo, mas tem consciência disto. Em outras palavras, sabe que não sabe.

Para chegar ao estágio de incompetência consciente, precisa de humildade e equilíbrio emocional. Não é fácil!

Alguém está no estágio de competência consciente quando é capaz de fazer algo, mas precisa de algum tipo de orientação, encaminhamento. Em outras palavras, sabe fazer, mas precisa de auxílio, ou talvez, precisa que lhe peçam.

Para chegar ao estágio de competência consciente, precisa de conhecimento, disposição para aprender, vontade de crescer.

Alguém está no estágio de competência inconsciente (automática)  quando é capaz de fazer algo, e o faz de forma automática e sistemática, sem que seja necessário solicitação ou orientação de outros.

Para chegar ao estágio de competência inconsciente, além de conhecimento, precisa de atitude, e, acima de tudo, ação. É aquele tipo de pessoa que faz.

E você…

Em que estágio você se encontra, na maior parte do tempo?

Estes estágios não são estáticos. A cada momento ou desafio com que nos deparamos, vamos descobrindo limites e necessidades que precisamos encarar, para crescer e corresponder às expectativas nossas e dos que nos rodeiam.

Observação: inicialmente descritos como os “Quatro estágios para aprender qualquer nova habilidade” esta teoria foi desenvolvida no Gordon Training International, por seu funcionário Noel Burch nos anos 1970s. Outras citações atribuem a Abraham Maslow, ainda que a teoria não apareça em seus principais trabalhos. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Four_stages_of_competence, 30/08/2011

Sem deixar de reconhecer as diferenças culturais, o modelo japonês foi adotado por uma série de empresas e organizações brasileiras, e as que o adotaram, obtiveram muitos ganhos de qualidade, produtividade e competitividade.

Mas, o que reside na essência do modelo de gestão “importado”?

A simplicidade de fazer as coisas simples, mas, efetivamente, FAZER.

Tive oportunidade de participar em diversos encontros com especialistas japoneses, e, depois de certo tempo, notei que os consultores internacionais japoneses vinham, a cada ano, com o mesmo discurso de oportunidades anteriores. O que significava isto? O que havia de novo?

NADA.

E aí estava a chave para obter melhores resultados: em vez de se preocupar com o novo, cada vez mais novo, a mensagem passada pelos experientes consultores internacionais era simples, mas objetiva: “FAÇA o que tem que ser feito, mas faça mesmo!

Não estou defendendo a permanência de métodos ultrapassados, de forma alguma. Assim chamo atenção para não nos desviarmos e ficarmos buscando coisas novas, sem termos aplicado coisas simples, que funcionam de fato.

Faça as coisas simples funcionarem. Garanta que estão acontecendo. Somente após este estágio, busque coisas novas para melhorar seus métodos de trabalho ou gestão.

1 thought on “Você é competente no que faz?

  1. Este método, verifico que depende do tipo da situação envolvida, do tipo do negócio também, assim podemos ter os 4 estágios de acordo com o momento. Bem interessante!
    E também a simplicidade ajuda muito, realmente trás grandes resultados principalmente nas tomadas de decisão do dia-a-dia.

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